o manifesto do colar cimeiro

catarina sofia
o manifesto do colar cimeiro


o colar de poesia cimeiro

mais conhecido como o colar de poesia da coleção cimeira atlântica 

criado de forma inédita para o evento que promoveu o lançamento do projeto fora da caixa de catarina sofia entitulado de colares de poesia

__

faz parte da primeira edição

__

em parceria com a fábrica martins & martins cada colar é enrolado em papel tipo celofane laranja transparente e contém um misto de rebuçados com sabor a maracujá e 3 rolinhos-poema com sabor de poeta lusófono

__

cor laranja transparente

.

curadoria: catarina sofia

__

__

.

a cimeira atlântica ´25 está vestida e cativa 

colares de poesia em moda de artista nativa

rebuçados e vendavais despiques e arraiais

.

__

aram e lutam tremidas as sete cores do arco-íris e nas marés de um oceano de um reino temido perdido na in(fertil)(idade) da saudade de encriptado partir na crista da maresia feita cair e assim nas terras da seca vinho se pisa e no afortunado da civilização chuvas que ácidas se cantam e que cedo assustariam a infantaria precisa

__

por épocas de caça em ascensão e estigma de tradição à menino de cascais em tendência influenciadora de voos feitos tangente por nuvens a pique nada prudentes que a vigência docente dos infantes e a abstenção quanto baste da malta egrégia do pico

descrente cantam disfarçam loucuras de um estado tudo e nada aceitam e como clones de clonados seres se pensam ser e de cuecas desfilam ao aroma da besta aromatizada por sintonias aluadas que o melódico xilofone agita e estações de rádio sintonizam o que em antropologias de humanidade transversal a tradição des(diz) o que em estado de birra apoquenta e ritmos lunares relembra de outras audições fulgurantes visões

 olhos glaciares em orquestra comemorativa de festividades lácteas no reino da bovina maldita e concluem sem vontade de querer ser isco de comédia e recitar esta mnemónica que o lema é deixar passar esta nossa brincadeira tão divina táo heróica tantas demasiadas vezes caótica a que as gentes deixam bailar em cadência periódica por índoles literárias luta-fuga e literacias escassas, bailar e sempre conseguir ainda que do rum avistar várias pontes encontrar e diferentes sectores ligar ancestralidades cruzar identificar qual cinema identidade qual vida ontológica se deixa saber de poemários sonhados igualitários feitos cientes de poemas arestas fonemas e florestas de açucenas que em quarto minguante apenas feitas vibrar na decadência carência musical de refrão sem chão sem melodias mordomias finuras e pinturas que explosiva aparente maldição das cordas daquele acordião que perdição tal uivado de lobo apurado tal rareza des(afina)da em formato bisel as negras faz parir em pódio autêntico por degraus de escadas maradas não ligadas à manada nem ao tudo nem ao nada degrãos kármicos que se ouvem dos bastidores se emanam e sintonizam partes de emaranhados tocados e feitos fluir nas ondas de vigário otário ordinário trazido guiado forçado na (in)visibilidade do batizado no verão para o dito ser dito por não dito pelo sol ditado e logo desdito em voo inaugural de longo abissal que as asas batem em des(afinação) umbilical e o caminho do vento e dos corações no jogo do tempo um pézinho que dança deixa espreitar e de esgueira uma rede entre palmeiras e um verão tropical de bailaricos alienígenas famintos que batalhas em contos de fadas e dragões princesas

e vilões piratas e foliões declamam passos bailados sinfonias bailadas em eras passadas

amanheceres de causa alheada e desfecho (inicial)

feliz de pequena insatisfeita codorniz e ainda do assim como de assim

feitos curados cantarolados versos reversos em ira rural comunhal ironia insular

a cosmopolita furiosa e a sátira da guilhotina assídua na temperança do ilhéu com praia

fluvial diretamente do espólio de horror e louvar que dá lugar cimeiro a embrião de lagartixa em periodo jurássico da era das cimeiras nascida das festas de alcance termal primordial por galápagos editoriais qual viola paradoxal pulverizada

seus seguidores e amantes florais ridiculariza

e os ostracizados sobrevivem e tudo foi sem vão em encantamento fortuito e viral que etéreo se migalha e se convence a pensar que pensa e que portanto logo existe persiste e vive de diamantes e purpurina por cenários dantescos como dantes nestas cómicas bailadas de bailinhos forçadas e estrelas batalhas ante-estreias de antídotos em lotação esgotada sem vaga no dentista para caçar no esgoto gambuzinos e perdigotos borboletos de chinelas nas peles do martim moniz que entre aulas de negritude altitude e atitude a dar corda ao chinelo aprendia e com uma bebedeira atlântica a cura entre-linhas camuflou estrelinhas entre dias que encantou de tão escura folia e noites de alegria se prestou

ao luar ao tradicional à luz que perdura luz sem par e o sol a desfrutar

que o tema das indústrias criativas 

 traz à discussão o valor

o que significa ter valor com tradição e inovação

vem para ver viver ter ser vem observar bailar no ar pairar até mais não poder

ser estar ter obter informação querer mais que sobreviver querer sonhar e ver para crer

 

a cimeira atlântica está vestida

o laranja não pede guarida à refugiada fugida por terras de graal parida

o laranja apenas grita à diferença que agita e a terra torna rica e dá as boas vindas

ao convidado-orador principal o autor britânico internacional 

john howkins 

considerado por muitos o pai destas indústrias

os colares de poesia cimeiros da coleção cimeira atlântica

a todos nós vós eles pedem para escutar desfrutar escutar

ativa a escuta das indústrias criativas está a chegar e novas harmonias permitirá

em alguns vales oficiosas  redes de ócio formar e observar

elevação carismática de números

simbólicos da (in)visibilidade criativa

ainda que desfeitos os feitos legados

desta colheita de chapeleiros feita seita de grosseiros

refém das orquídeas daqueles dos canteiros

floridos de estocolmo daqueles das sementes que contactam sereias

e sonham epopeias os que as sementes

fazem crescer e os frutos do stress da periodicidade crónica deixam prevalecer

a causa que deixa a sindrome abissal de numerologia precoce imperar

e o mundo grita evita habita e conquista

ser realista e até conquista a cegueira calculista que os números do euro milhões

adivinha de foliões lengalengas infusões e de um chá noturno de ervas travo a funcho e alecrim ou a estrelícia no jardim que os números trágicos da lenda dos amores por pomares em números que uns madrugam e outros na lua insular da ilha de dentro da ilha de si decoram furibundos

movem-se fundos e mundos

e

no clarão

o  coletivo cimeiro

ilumina

__ 

.

armando nando

.

ni . na

.

 

.

 

Voltar para o blogue